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Mentalidade de crescimento é o que se espera das organizações e de seus conselhos

A maneira como você pensa não apenas influencia em suas escolhas, mas impacta o ambiente ao seu redor.

E de alguns anos para cá, muito se fala sobre a importância dos fatores comportamentais aplicados ao negócio e em como é essencial, inclusive, quando se pensa na expansão organizacional.

Como empresário, consultor à frente da MORCONE Consultoria Empresarial, membro em conselho consultivo e especialista na implantação da governança corporativa e padrão ESG, hoje quero abordar sobre a mentalidade de crescimento e o quanto é fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional dos líderes.

Existem duas maneiras de pensar (mentalidade fixa e mentalidade de crescimento) e apenas uma delas leva a resultados bem-sucedidos. Em qual modelo sua mente opera?

Mentalidade de crescimento – a maneira de pensar que leva ao sucesso

Provavelmente você já deve ter se deparado com pessoas afirmando que experimentaram transformação quando mudaram pensamentos negativos e pessimistas sobre as situações para pensamentos otimistas, com foco no progresso.

E muitas vezes, principalmente quando se vivencia uma situação de crise, ouvir esses relatos pode parecer um tanto “papo motivacional”, porém pesquisadores ao redor do mundo têm mostrado que existem duas mentalidades e apenas uma delas leva ao sucesso.

O termo mentalidade de crescimento foi tratado pela primeira vez em 1988 como teoria ligada à educação, se referindo ao por que do fracasso de algumas crianças inteligentes diante de dificuldades, mesmo com suas capacidades reais.

Como você encara um desafio é um fator determinante para o sucesso e não a capacidade inata, como é comum pensar e essas observações se tornaram ainda populares por meio do livro Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso, escrito pela psicóloga e professora da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, Carol Dweck.

A especialista resume o conceito de “mindset” em duas abordagens: mentalidade fixa e mentalidade de crescimento.

Mentalidade Fixa X Mentalidade de Crescimento

Mentalidade Fixa – Resumidamente aqueles que têm mentalidade fixa possuem a crença de que nasceram com um determinado nível de inteligência que não pode ser mudado. Essas pessoas costumam ter aversão ao erro, sendo assim, costumam evitar desafios e novas experiências com medo de que tenham a sua inteligência colocada em xeque.

Mentalidade de Crescimento – Já este perfil acredita que a inteligência pode ser melhorada progressivamente por meio da aprendizagem e que o sucesso é resultado de seu trabalho focado e esforço.

Para o sociólogo, Benjamin Barber, o mundo pode ser segmentado de diferentes maneiras, dentre elas, pode ser dividido em aprendizes e não aprendizes.

Os aprendizes acreditam na capacidade de superação de si mesmos e encaram as mudanças como parte de sua realidade.

Mas os não aprendizes reforçam a ideia de que as coisas são como devem ser, sendo assim, o esforço em mudá-las, é inútil.

Não é possível mudar sem crer na mudança

Para muitos, o trabalho de um consultor empresarial está intimamente ligado a ajudar gestores em seus planejamentos financeiros e estratégicos, a repensar suas metodologias de trabalho, cultura, entre outros fatores. Porém, o grande desafio está ligado à área comportamental.

Já atendi muitos casos em que a questão estava mais ligada ao que o empreendedor acreditava do que àquilo que a empresa estava vivenciando.

Em um caso de empresa familiar, por exemplo, ao criar um plano sucessório, o fundador da empresa tende a resistir às novas ideias, metodologias e planejamento.

Diante de uma crise na gestão, apesar de todos os esforços, o diretor executivo se mostra resistente quanto à mudança porque isso o desafiará também em nível pessoal.

O interessante é que cada pessoa pode se inclinar mais a uma mentalidade do que à outra e pode responder de diferentes maneiras diante de cada situação que se apresenta.

É possível, por exemplo, que alguém tenha uma mentalidade de crescimento quanto às finanças, mas quando se trata de seus relacionamentos, apresente uma mentalidade fixa.

E é possível fazer a transição de uma mentalidade fixa para uma mentalidade de crescimento, mas desde que a pessoa “abrace” a jornada que não será fácil na prática, afinal, todo ser humano é resultado de suas crenças e repensá-las e abandoná-las se torna um processo complexo.

Existe um “jeito de pensar” que destaca as maiores organizações ao redor do mundo

A mentalidade de crescimento apresenta importantes premissas, como:

  • Aprendizagem contínua;
  • Inteligência pode ser desenvolvida;
  • Esforço leva ao domínio;
  • Falhas são necessárias no processo de aprendizado;
  • Desafios são fundamentais;
  • Inspiração no sucesso de outras pessoas e não “comparação”;
  • Abertura aos feedbacks como meio de aperfeiçoar aprendizados;

Entre outras.

Como os conselheiros podem ativar essa mentalidade junto ao board?

Qualquer mudança gera algum nível de estresse seja em qual âmbito for e, por décadas, pesquisadores e grandes consultorias ao redor do mundo dedicam parte de seu tempo ao comportamento por trás das empresas.

Em um caso de transformação organizacional, por exemplo, é comum que a implementação do projeto seja realizada de maneira gradativa, envolvendo todas as esferas do negócio, preparando as equipes, para que o nível de resistência seja o menor possível.

E quando falamos em desenvolver uma mentalidade de crescimento, é imprescindível que os membros do conselho assumam este compromisso interno, afinal, é o órgão responsável, dentre outras atribuições, pelo direcionamento estratégico da organização, assim como pelo norte para que a tomada de decisões ocorra de maneira consciente, consistente e responsável.

Com certeza você deve se lembrar de alguma história de marca que ainda poderia estar no mercado, mas deixou de existir porque não inovou, e são muitos os nomes: Nokia, Kodak, Blockbuster, BlackBerry, dentre tantas outras.

E o que levou essas empresas a estagnar está intimamente ligado à mentalidade fixa que leva à crença de que o esforço talvez não valha a pena e que as coisas estão boas como estão e que por isso, mudar se torna uma opção e não uma necessidade.

Uma das premissas aos conselheiros e aos profissionais de um modo geral é o cultivo da mentalidade de aprendiz, ou seja, o desejo pelo aprimoramento dos conhecimentos e não permitir que crenças negativas e externas disseminadas façam parte de sua própria história.

É comum, inclusive, principalmente no cenário das empresas familiares, que as premissas e crenças do fundador sejam como uma “herança” às futuras gestões, mas o que costuma ocorrer nestes casos é que a empresa fica estagnada no mercado porque têm medo de novos saltos ou acredita que as novas tendências no mercado são obsoletas e não precisam ser consideradas em seus planejamentos e criação estratégica.

Nestes cenários, em muitos casos, parte do conselho a iniciativa de propor a mudança, de conscientizar para a necessidade de uma transformação mais profunda que comece pela mentalidade das lideranças.

Este nem sempre é um processo que se faz de forma isolada, pode ser recomendado o apoio terapêutico especializado no atendimento a empresas, para que todos os profissionais possam ter apoio no autoconhecimento de suas fraquezas e potencialidades.

Nossa mente tem a incrível capacidade de continuamente se desenvolver e aprender quando estamos diante de novos desafios e experiências e é preciso ir adiante, vencer o medo do novo e não desistir por quaisquer razões.

Em minha carreira profissional e em minha vida pessoal, ambas interligadas, precisei rever crenças, reelaborar pensamentos, me desafiar a novos aprendizados e esse anseio existirá enquanto viver.

Seja você um conselheiro consultivo ou administrativo, um líder na área de marketing, um professor na área de administração, um estudante que acabou de se formar e ainda não sabe muito bem qual caminho seguir:

“Desenvolva uma mentalidade que te leve além, renove sua capacidade criativa por meio da certeza de que sempre estará aprendendo algo novo.”

Às vezes falar de mindset pode parecer clichê, mas será que você está se atentando ao óbvio para o seu desenvolvimento pessoal, profissional e para o crescimento da sua empresa?

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