O sucesso de uma empresa, caracterizado principalmente por sua longevidade no mercado, só é possível por meio de um planejamento estratégico eficiente.
Nenhuma empresa poderá crescer, sem uma gestão estratégica que a leve a olhar e planejar o seu futuro, e sabe-se que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quase 60% das empresas brasileiras encerram suas atividades nos primeiros cinco anos de existência.
Dentre as razões que levam a esse dado alarmante, está a falta de planejamento estratégico, instrumento de gestão fundamental para prevenir problemas, como a falta de viabilidade econômica que compromete a permanência da empresa no mercado.
Com ampla experiência no ambiente corporativo, atuando como Advisor à frente da MORCONE, auxiliando e orientando empresas, especialmente empresas familiares brasileiras a se estruturarem para chegar aos 100 anos, abordo sobre a importância da boa gestão estratégica empresarial.
Principais riscos quando uma empresa caminha sem estratégias claras
Dentre os principais problemas provocados pela falta de um planejamento estratégico eficiente estão:
Falta de assertividade na tomada de decisões
Quando a empresa tem um objetivo claro, consegue priorizar suas ações de maneira assertiva para alcançá-lo.
Negócios que não têm uma gestão estratégica são guiados de acordo com as demandas que surgem. Resumindo: não é a empresa que decide sobre o seu futuro, são os acontecimentos que guiam suas ações.
Ausência de previsibilidade de riscos
A gestão estratégica permite que a empresa consiga antecipar problemas e corrigi-los, e em muitos casos, consegue reverter situações desvantajosas e aumentar sua vantagem competitiva no mercado.
Sem gestão estratégica, a empresa como mencionado no tópico anterior é guiada unicamente pelo mercado ou até por seus problemas internos.
Visão de curto prazo
Quando a empresa não tem uma gestão estratégica, é comum que suas ações sejam direcionadas no curto prazo, o que prejudica diretamente a longevidade empresarial.
Se o negócio está focado apenas no aqui, está vivendo de “apagar incêndios” e desperdiçando energia e talento de seus profissionais em ações direcionadas sobre o que deve ser feito “hoje” para viabilizar o objetivo de “futuro”.
É fundamental ter um planejamento estratégico que desenhe ações necessárias para que objetivos de curto, médio e longo prazo sejam alcançados.
Excesso de complexidade ao conceber o planejamento
A gestão estratégica bem-sucedida demanda um planejamento estratégico bem estruturado que tenha objetivo claro e plano de ação bem desenvolvido.
Muitas empresas costumam se perder em planejamentos complexos que, em grande parte dos casos, costuma ser percebido pelas pessoas como “inalcançável”, impedindo o bom engajamento para a sua execução.
Ao conceber um bom planejamento estratégico, a empresa deve se questionar sobre as tarefas estabelecidas e o quanto de fato não necessárias, ou, no final, das contas estará apenas estabelecendo processos burocráticos que, ao invés de engajar as pessoas, as afasta.
Lindo no papel, mas falha na execução
Todo planejamento estratégico precisa ser exequível, isso é fato. Um bom plano de execução é tão importante quanto definir o planejamento e isso nem sempre é sinônimo de sucesso, o que também é esperado.
Ao executar, a empresa pode perceber que precisa voltar à base do planejamento e repensar o objetivo e ações necessárias.
Além de apontar o objetivo a toda a empresa, é essencial treinar as pessoas na equipe para que possam executar as metas estabelecidas. Ciclos curtos de tempo também costumam ser mais indicados para avaliar o desempenho em cada uma das tarefas.
Problemas na avaliação
Outro problema recorrente ligado à gestão estratégica nas empresas são falhas na avaliação, ou porque o negócio talvez esteja ignorando questões importantes ou falta análise precisa dos dados coletados.
Os resultados das ações precisam ser cuidadosamente avaliados e é natural que “resultados negativos” aconteçam, pois faz parte de todo planejamento estratégico, o que está em jogo neste caso, é a capacidade de resposta imediata da empresa diante das falhas a fim de corrigi-las e redefinir a rota.
Ausência de um plano sucessório estruturado
Sabe-se de que 70% das empresas familiares não sobrevivem após a morte do fundador e, principalmente, por falta de planejamento sucessório estruturado que também deve integrar a gestão estratégica empresarial.
A preparação para o momento da sucessão demanda diálogo entre todas as esferas do negócio, a compreensão sobre os processos, decisões que precisam ser tomadas, quem são os candidatos à cadeira executiva, etc.
Conselho consultivo é fator decisivo para uma gestão estratégica eficaz
A gestão estratégica é uma gestão com visão de longo prazo. É a capacidade que a empresa tem, de maneira eficaz, de interagir com diversos fatores externos, que em sua maioria, não podem ser controlados.
É a capacidade do negócio de “navegar bem” em meio à crise, criando estratégias que mantenham a competitividade da empresa através dos anos.
A gestão estratégica envolve:
- Definição de objetivos claros – assim como de metas específicas, que sejam mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazos definidos;
- Análise do ambiente interno e externo – que envolve análises como a SWOT, análise de tendências de mercado, da concorrência, demanda de clientes, etc.;
- Planejamento estratégico – como já mencionado, fundamental para criar planos de ação detalhados para o alcance de objetivos e metas;
- Monitoramento e avaliação de desempenho – que demanda indicadores-chave (KPIs) para medir o progresso, assim como ajuste de estratégias, quando necessário;
- Governança corporativa eficaz – afinal, sem práticas de governança que promovam transparência e responsabilidade empresarial, é impossível para qualquer empresa traçar um plano de longo prazo;
- Cultura organizacional alinhada – que apoie os objetivos estratégicos da empresa e consiga engajar os profissionais em torno de uma visão compartilhada;
Entre outros pilares.
E por fim, o conselho consultivo é a “ferramenta estratégica” capaz de fortalecer a gestão da empresa e de oferecer a orientação técnica, de maneira independente aos líderes da organização.
Composto por profissionais altamente habilitados, e reunindo diferentes expertises, o conselho consultivo provê uma visão externa fundamental que ajuda a alta gestão a enxergar aspectos que podem ser difíceis de ser identificados pelos gestores no dia a dia do negócio.
Tanto para o apoio, quanto para a análise do planejamento estratégico, a orientação do conselho consultivo é primordial. É ele que irá avaliar o ambiente interno e externo da empresa e que irá identificar riscos, assim como soluções inovadoras.
Especialmente em empresas familiares, o conselho consultivo também auxilia em questões como sucessão empresarial, expansão de mercado, longevidade empresarial, entre outras.
O conselho é primordial para uma gestão estratégica eficaz, alinhando a visão de longo prazo com ações que sejam decisivas para bons resultados no futuro. Sua empresa já possui um conselho consultivo eficiente para ajudar no planejamento estratégico com foco na longevidade?
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