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Blindagem empresarial na crise – O papel do conselho consultivo na gestão financeira

conselho consultivo na gestão financeira

Nos últimos anos, o cenário econômico global tem se mostrado cada vez mais volátil, com empresas enfrentando desafios inesperados que vão desde oscilações no mercado financeiro até rupturas nas cadeias de suprimentos.

Esses acontecimentos evidenciam vulnerabilidades estruturais em diversos segmentos, tornando imprescindível uma gestão preparada para lidar com incertezas e minimizar riscos.

Diante desse cenário, a implementação de um conselho consultivo surge como um dos mecanismos mais eficazes para fortalecer a governança, inclusive, na área financeira empresarial.

O conselho consultivo na gestão financeira atua de forma estratégica, orientando gestores com insights valiosos sem exercer poder de decisão formal. Essa abordagem permite uma maior flexibilidade na tomada de decisões, sem comprometer a autonomia dos gestores, algo ainda mais necessário em estruturas de empresas familiares.

Com ampla experiência no ambiente corporativo, atuando como Advisor à frente da MORCONE, auxiliando e orientando empresas, especialmente empresas familiares brasileiras a se estruturarem para chegar aos 100 anos, abordo sobre o papel do conselho consultivo na gestão financeira blindando empresas em momento de crise.

Conselho consultivo como diferencial competitivo

A criação de um conselho consultivo não é apenas uma medida preventiva, mas uma estratégia proativa para fortalecer a governança e aumentar a competitividade das empresas.

Segundo um estudo da Fundação Dom Cabral em parceria com a NEO Executive Search76% dos entrevistados acreditam que a governança corporativa favorece a sustentabilidade e a perenidade das empresas no longo prazo, ou seja, quanto maior o nível de maturidade da estrutura organizacional, maior será a entrega e percepção de valor por parte dos envolvidos.

Além disso, em um mercado cada vez mais complexo e dinâmico, a presença de um conselho consultivo pode ser decisiva para garantir a inovação, reduzir riscos financeiros e estabelecer uma visão estratégica de longo prazo.

Empresas que contam com um conselho ativo conseguem antecipar desafios, identificar oportunidades e implementar práticas mais eficazes de governança corporativa.

O desafio das empresas familiares e a importância do conselho consultivo

No Brasil, as empresas familiares representam cerca de 90% do total de negócios, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar de sua relevância para a economia, muitas empresas familiares enfrentam dificuldades na sucessão e na profissionalização da gestão. Segundo levantamento do Sebrae, 75% das empresas familiares não sobrevivem à primeira sucessão.

A ausência de um conselho consultivo agrava esse problema, pois muitas decisões continuam sendo centralizadas na figura do fundador.

Um conselho bem estruturado ajuda a trazer uma visão externa e imparcial, facilitando a transição de liderança e garantindo a continuidade do negócio. Além disso, a implementação de boas práticas de governança reduz conflitos internos e aumenta a transparência na gestão.

Já destaquei em outro momento que o conselho consultivo não substitui a governança corporativa, mas atua como um facilitador, promovendo a profissionalização e a perenidade das empresas familiares brasileiras. Essa abordagem permite que as empresas familiares evoluam sem perder sua essência e identidade no mercado.

Caso Tylenol e a governança da Johnson & Johnson

Um dos exemplos mais emblemáticos da importância da governança corporativa em momentos de crise ocorreu com a Johnson & Johnson, em 1982.

Naquele ano, cápsulas de Tylenol foram contaminadas por cianeto, resultando na morte de sete pessoas nos Estados Unidos. O impacto na reputação da empresa foi devastador, colocando em risco a continuidade da marca.

Diante da crise, o conselho da Johnson & Johnson tomou uma decisão ousada: retirar 31 milhões de frascos do mercado, assumindo um prejuízo estimado em 100 milhões de dólares. No entanto, essa postura fortaleceu a confiança dos consumidores e consolidou a reputação da empresa no longo prazo.

Esse caso ilustra como uma governança estruturada e a presença de conselheiros estratégicos podem ser determinantes para a gestão de crises. Empresas que se antecipam a riscos e adotam medidas preventivas conseguem minimizar impactos e proteger sua reputação no mercado.

Conselho consultivo na gestão financeira – blindando empresas contra crises

A implementação de um conselho consultivo não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para empresas que buscam resiliência e longevidade no mercado.

Em um mundo onde crises são inevitáveis, a diferença entre o sucesso e o fracasso muitas vezes está na capacidade de adaptação e planejamento estratégico.

Quando o tema é gestão financeira, o conselho consultivo desempenha um papel crucial na mitigação de riscos e na construção de uma estrutura econômica mais fortalecida.

Um dos principais desafios das empresas durante crises é a liquidez — a capacidade de manter operações mesmo diante de quedas bruscas de receita. O conselho consultivo é imprescindível na antecipação de problemas financeiros, sugerindo estratégias de preservação de caixarenegociação de dívidas e otimização de custos sem comprometer o crescimento do negócio.

Além disso, o conselho pode trazer insights valiosos sobre diversificação de receitas e sustentabilidade financeira, reduzindo a dependência de uma única fonte de faturamento. A diversificação minimiza impactos de flutuações do mercado e protege a empresa contra cenários adversos, garantindo que mesmo em tempos turbulentos a organização mantenha sua competitividade.

Outro ponto essencial é a governança na tomada de decisões financeiras estratégicas. Durante períodos de instabilidade, empresas frequentemente precisam tomar decisões rápidas, mas sem comprometer sua saúde financeira no longo prazo.

Um conselho consultivo experiente por meio de uma visão externa fundamentada, pode garantir que medidas emergenciais não resultem em danos estruturais futuros.

Empresas que investem em governança robusta e conselhos consultivos têm maior previsibilidade financeira, melhor gestão de riscos e uma abordagem mais inovadora na tomada de decisões.

Se sua empresa ainda não conta com um conselho, talvez seja o momento de repensar essa estratégia.


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Veja também:

Risco do crescimento a qualquer custo – Papel do conselho consultivo na estratégia sustentável

Conselho Consultivo na Governança 4.0: O Pilar estratégico da era digital

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