Longevidade. É isso o que as empresas buscam e em um cenário instável, com oscilações na economia, mudanças nas tendências de mercado e outras variáveis importantes, alcançar esse objetivo é um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas brasileiras.
Segundo o Mapa de Empresas, do governo federal, em análise realizada de 2023, foi mostrado que a cada minuto, quatro empresas fecharam no Brasil. Isso representa 2.153.840 de negócios fechados, o que representa aumento de 25,7% em comparação a 2022.
Com ampla experiência no ambiente corporativo, atuando como conselheiro consultivo e consultor na MORCONE CONSULTORIA EMPRESARIAL, auxiliando empresas de diversos setores e portes, especialmente as empresas familiares, abordo sobre a longevidade empresarial e quais os principais caminhos para alcançá-la.
Longevidade empresarial – objetivo em comum de toda empresa
Pode-se compreender a longevidade empresarial como literalmente o termo significa “duração da vida” e o anseio de toda empresa é permanecer por muitos anos no mercado.
Mas em um cenário em que a cada ano milhares de empresas fecham as portas, quais as principais ações que podem ser tomadas para garantir a longevidade empresarial através das gerações?
Em 2004 o Sebrae havia realizado uma pesquisa nacional para avaliar a taxa e a causa da mortalidade de micro e pequenas empresas, dentre as principais causas apresentadas pela pesquisa, estavam: falta de capital de giro, problemas financeiros (endividamento excessivo), problemas no planejamento e deficiências em conhecimentos de gestão.
Um dos principais pontos de atenção das empresas que desejam ir mais longe no mercado é se atentar ao planejamento estratégico (de curto, médio e longo prazo) e, ainda que seja complexo atualmente realizar projeções de longo prazo num cenário de mudanças frenéticas, é fundamental que as empresas realizem essa estimativa para melhor controle e antecipação frente às imprevisibilidades.
Verdade é que toda empresa deseja mais do que sobreviver no mercado, crescer de forma sustentável, deixando uma marca duradoura como tantos exemplos de empresas brasileiras como Grupo Jacto, Baterias Moura, Oilema, entre muitas outras. Por que algumas empresas conseguem este feito e milhares delas se tornam parte das estatísticas de empresas que fecharam as portas?
Pilares indispensáveis para alcançar a longevidade empresarial
A longevidade empresarial é uma combinação de vários fatores, como:
Boa gestão empresarial
Sem dúvidas, a má gestão tem um grande peso no fechamento de portas de empresas, sendo assim, a necessidade de boa gestão financeira, controle de fluxo de caixa, gerenciamento de estoque e bom manejo dentre outros princípios técnicos de administração, é crucial.
Investir com conhecimento na área é de grande relevância, aliás, destaco que é frequente encontrar gestores que iniciaram seus negócios sem que tivessem adquirido conhecimento o suficiente, apesar de não ser o mais recomendado, é importante adquirir as habilidades técnicas o quanto antes.
Atenção ao mercado e constante inovação
O crescimento da empresa acompanha o surgimento de novos desafios, sendo assim, se manter atualizado no segmento de atuação é vital e, além disso, não ter medo de mudanças.
Outro fator imprescindível é a constante inovação, que manterá a chama da competitividade acesa e o olhar sempre direcionado às oportunidades de mercado.
Cultura empresarial
A longevidade empresarial está intimamente ligada à cultura do negócio. Se a cultura do negócio não estiver embasada em princípios e valores ligados à sustentabilidade, em vão será o direcionamento estratégico com o foco em alcançar a longevidade.
Para atravessar gerações, é importante que todas as esferas da empresa sejam capazes de visualizar um futuro, e este é um exercício ainda fundamental especialmente às empresas familiares.
Governança corporativa
Qualquer iniciativa focada em sustentabilidade empresarial (longevidade) não terá êxito se não estiver enraizada nos princípios da governança corporativa.
Destaco o conselho consultivo como órgão independente indispensável para nortear, inclusive, empresas que ainda não implantaram nenhum mecanismo de governança e ESG em sua administração.
Planejamento sucessório
Empresas duradouras têm em comum a preocupação com o planejamento sucessório estruturado. Empresas familiares que se dedicam a este planejamento sem dúvidas estão mais preparadas para a vivência da sustentabilidade empresarial e para deixar um legado duradouro.
Alcance de maturidade
Quando a empresa compreende o seu papel no mercado, opta por um conselho consultivo e vivencia práticas de governança corporativa, se torna consequentemente melhor estruturada e com maior controle sobre suas operações e ações futuras. A maturidade é um pilar importante para se manter no mercado ao longo das gerações.
É comum ver casos de empresas que eram grandes, cresceram muito em pouco tempo e que depois, por falta de estrutura e governança, cometeram falhas, algumas irreversíveis e nunca mais retornaram ao lugar de destaque anterior.
Pensamento estratégico
É imprescindível agir estrategicamente no cenário corporativo com a finalidade de constante crescimento, adaptabilidade e melhor aproveitamento quanto às oportunidades.
A compreensão das tendências que influenciam diretamente a empresa, assim como a capacidade de avaliação de cenários deve ter a dedicação constante do negócio.
Longevidade também está ligada ao controle emocional
Muitas empresas não estão preparadas para crescer, mas mesmo assim, concentram esforços para essa finalidade. Falta a elas maturidade, mas mais do que isso, controle emocional.
Sabemos o quanto a mentalidade é um fator crucial para as lideranças atuais, sendo o controle das emoções um dos grandes desafios dentre os gestores.
Crescer rapidamente e obter muito lucro sem preparo, ou revisar a estrutura interna e se preparar adequadamente através da governança corporativa, planejamento sucessório e outros pilares?
Muitas empresas ainda optam pela primeira opção e sem o preparo adequado colocam em risco sua permanência no mercado em longo prazo.
O cuidado com a saúde emocional é tão importante quanto os cuidados que se deve ter com a estrutura organizacional. É comum que por trás de empresas consolidadas, esteja uma liderança emocionalmente forte.
O gestor da atualidade precisa estar preparado para ver além de seus demonstrativos de resultados financeiros e de ganhos imediatos. Para alcançar a longevidade empresarial é necessário que se tenha a temperança e a capacidade de rever atitudes ou de pausar estratégias quando a empresa não está madura o suficiente para ir além.
Quer crescer e ter longevidade? Repense a estrutura atual do negócio, tenha apoio especializado externo como é o caso do conselho consultivo e implemente práticas de governança sólidas que orientem da melhor maneira o futuro no mercado.
O pensamento imediatista tem levado muitas empresas a fecharem as portas ou a ações impensadas que colocam em risco sua reputação, sendo assim, pense na longevidade como um dos mais relevantes objetivos e, para alcançá-la, drible a pressa e foque no preparo.
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