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Importantes lições a Conselhos de Administração no case de companhia americana

Empresas que não contam com boa estrutura de governança corporativa (GC), podem vir a experimentar inúmeros prejuízos.

É de necessidade entre as organizações terem conhecimento de seus valores, cultura  e aprender a comunicá-los de maneira responsável, transparente e eficiente.

Independentemente do porte e segmento, empresas costumam cometer alguns destes erros a seguir:

  • Falta de realização da “Sessão Exclusiva” sem presença do CEO nas reuniões de Conselho;
  • Ausência de preparação prévia do conselheiro para as reuniões de Conselho;
  • CEO como parte do Conselho de Administração, o que se constitui como conflito de interesse;
  • Falhas na comunicação entre Conselho Fiscal e Conselho de Administração;
  • Falta de especialização em Governança Corporativa entre Conselheiros;

Entre outros.

Com mais de 35 anos no mundo corporativo e desde 2015 à frente da MORCONE Consultoria Empresarial, sendo responsável, inclusive, pela implementação de governança corporativa em empresas de diferentes segmentos e portes, hoje trago um artigo sobre importantes lições a conselhos de administração com base em uma grande companhia americana, a Enron Corporation.

O que a Enron Corporation deixa como ensinamentos após 20 anos de sua falência?

Breve história da Companhia

A Enron era localizada em Houston, no Texas e empregava aproximadamente 20 mil pessoas, ou seja, era considerada uma grande potência mundial através de diferentes segmentos de negócios, desde a construção, operação e administração de gasodutos, até o gerenciamento de serviços de telecomunicações.

No início do ano 2000, era considerada a sétima maior empresa dos Estados Unidos e responsável por 25% de todos os negócios de energia e gás do país.

Em dezembro do ano seguinte, com mais de 15 anos no mercado, decretou falência com uma exorbitante dívida de 22 bilhões de dólares.

Problemas relacionados a essa grande dívida

Muitas irregularidades vieram à tona, assim como manipulação de balanços financeiros, lucros muito maiores do que os reais, entre outras fraudes relacionadas às práticas contábeis e de governança da companhia, que também envolvia a empresa, Arthur Andersen, responsável pela auditoria da Enron.

Uma grande queda que trouxe importantes lições

Importantes lições a conselhos de administração foram deixadas por essa grande queda no mundo corporativo, o que, Charles Elson, editor executivo da Director & Boards, que também é professor de finanças na Universidade de Delaware, exemplifica por meio de artigo autoral para a companhia em que atua.

Elson acredita que apesar de o tempo ter amenizado o impacto da queda da Enron Corporation, é fundamental que conselheiros ainda tomem como exemplo o ocorrido.

Importantes lições a conselhos de administração que a Enron nos deixa

De acordo com ao artigo de Elson, há algumas lições importantes para quem assume o conselho de uma organização de capital aberto.

O especialista acredita que a falência da companhia foi consequência de um modelo de negócios falho, porque o mercado de comercialização de energia não era realmente viável.

Quando a administração da Enron reconheceu a falha não agiu de maneira transparente e escondeu a informação dos públicos de interesse.

O professor acredita que grande foi o erro por parte do conselho ao reconhecer a falha estratégica do modelo e, além disso, houve resposta problemática da alta gestão, tornando o seu serviço aos acionistas inútil.

Há 3 importantes lições a conselhos de administração listadas por Elson:

Falta de ceticismo

Para Elson, é importante que o conselheiro seja um ‘cético respeitoso’. Ele acredita que se houvesse uma dose de ceticismo por parte do conselho da Enron, maior teria sido a probabilidade de que o negócio reconhecesse que havia algo errado muito antes que o problema se tornasse irrefreável.

Pouco antes da queda da companhia, o professor relembra que, quando questionada como ganhava dinheiro, não conseguiu oferecer uma explicação plausível ou esclarecimento pertinente por parte do conselho.

Independência do conselho em relação à gestão

Esse é, segundo Elson, um elemento crítico no monitoramento apropriado do conselho. Para ele, a independência confere ao conselho de administração a objetividade importante para a revisão das propostas e desempenho gerencial.

O conselho da Enron renunciou ao código de ética da empresa e permitiu a criação das ‘special-purpose entities’, que tinham como objetivo, mascarar o desempenho deficiente ao público.

Outra lição é a de que a falta de independência do conselho da Enron levou à companhia, além de uma decisão desastrosa que a destruiu, a ferir suas reputações, se colocando à exposição a todos os tipos de consequências jurídicas e de reputação.

Evitar conflitos de interesse

Havia um grande conflito de interesse na Enron, já que o executivo sênior (CFO) estava de ambos os lados da transação.

Elson alerta que conflitos de interesse dificilmente levam organizações a êxitos, seja no campo financeiro ou de reputação, ou seja, é preciso evitá-los a todo custo.

Não seja cego à necessidade de formalização no seu negócio

Embora muitas empresas estejam se conscientizando e adotando práticas de governança corporativa, ainda é maior o número de negócios atuando em irregularidades.

A GC é uma necessidade e, diferente do que muitos gestores ainda pensam, não se tratam de práticas que apenas ‘limpam a imagem do negócio’, mas protegem a permanência da empresa no mercado e tornam o seu crescimento constante em uma realidade.

 

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