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Estudo mostra que mais de 60% das PMEs no Brasil se consideram sustentáveis – será que são de fato?

As pequenas e médias empresas (PMEs) são responsáveis diretamente pelo fortalecimento da economia brasileira, mais precisamente correspondem a 99% das empresas existentes no Brasil, assim como a 62% dos empregos de carteira assinada.

Embora o período da pandemia tenha desafiado o mercado corporativo ao redor do mundo, também contribuiu para acelerar processos como o da transformação digital entre 93% das PMEs brasileiras.

Pesquisa realizada pela empresa de logística UPS em parceria com a Nathan Associates e ABComm (de 2022), com 103 PMEs brasileiras, mostrou que, a maioria das pequenas e médias empresas do Brasil (65%), considera que desempenha suas atividades de forma sustentável, contra 7% que afirmam não ser sustentáveis de forma nenhuma.

Um terço das empresas que participou do estudo relatou ter planos para tornar seus negócios mais sustentáveis, enquanto uma fração semelhante não conseguia prever a implementação de mudanças para os próximos três anos.

Enquanto na pandemia, cerca de 716 mil PMEs fecharam as portas, mais de 4 milhões de empresas foram abertas apenas em 2021, de acordo com o Mapa de Empresas do Ministério da Economia.

Mas o que leva empresas a se consolidarem no mercado? A conseguirem escalar produtos/serviços? A alcançarem destaque quando o tema é sustentabilidade?

Com ampla experiência no cenário corporativo, como consultor à frente da MORCONE Consultoria Empresarial auxiliando inúmeras PMEs no caminho da perenidade no mercado e, como conselheiro consultivo, quero abordar sobre o que leva pequenas e médias empresas a se tornarem de fato sustentáveis.

Como PMEs podem alcançar a sustentabilidade no mercado?

O que chama a atenção na pesquisa acima mencionada é o fato de mais de 60% das PMEs afirmarem que desempenham suas atividades de maneira sustentável.

O mesmo estudo mostrou que a área em que mais foi identificado crescimento potencial para práticas sustentáveis foi a área do transporte, mostrando que em 2022 foi o segmento em que mais foram implementadas práticas ecologicamente corretas por meio de embalagens utilizadas para o envio de produtos.

É claro que as ações que visam contribuir com o meio ambiente são fundamentais, mas sustentabilidade não é como um “menu” em que se escolhe aquilo que deseja implementar ou o que está ao alcance no momento.

Pensar na sustentabilidade, com destaque para as práticas ESG (que visam o tripé Meio Ambiente, Social e Governança) requer por parte das empresas uma mudança que comece pela cultura do negócio.

O ESG ganhou força na pandemia e em resumo é um conjunto de padrões e de boas práticas que têm como objetivo definir se uma organização é socialmente consciente, sustentável e se está sendo gerenciada corretamente. É um meio que visa medir o desempenho de sustentabilidade de uma empresa.

Isso mudou a visão de muitos negócios de que adotar medidas de sustentabilidade estava principalmente ligado ao meio ambiente.

Se uma empresa adota práticas de proteção ao meio ambiente, se diminui a emissão de gases poluentes, passa a ter seu espaço físico funcionando a partir de energia eólica, entre outras ações, mas em sua estrutura é uma empresa em que os profissionais não se sentem pertencentes, não têm voz ou autonomia, essa empresa, ainda assim, pode se declarar sustentável?

Estes são questionamentos que desafiam empresas ao redor do mundo a saírem da esfera das “certezas sobre si mesmas” para um lugar em que precisam olhar para o todo e extrair respostas.

As pequenas e médias empresas em meio a um cenário de complexidade econômica e de volatilidade no mercado precisam adotar medidas para se fortalecer e continuarem sua jornada com foco na expansão, em adquirir maior maturidade organizacional e para se tornarem um ambiente favorável à inovação e ideias criativas.

Tecnicamente, para ser ESG e estar ranqueada dentro do índice, a empresa precisa estar listada na Bolsa de Valores e apresentar estar no caminho para este objetivo.

E algo fundamental também precisa ocorrer, as empresas precisam disponibilizar políticas voltadas para atender às diretrizes do índice, assim como analisar os problemas que enfrentam em cada um dos tópicos.

O exercício de olhar para dentro de suas estruturas, cultura, processos, gestão de pessoas, é crucial, tanto quanto olhar para a realidade do mercado.

O que o futuro reserva para as PMEs no Brasil?

Como já mencionado, são inúmeros os desafios às pequenas e médias empresas brasileiras e é essencial observar diversos contextos, dentre eles, o da realidade econômica do país, como aponta o conselheiro e Mentor Financeiro para PMEs, Marcos Lila em um dos seus mais recentes artigos.

O especialista aponta alguns dos principais problemas enfrentados no Brasil que refletem diretamente sobre o cenário das pequenas e médias empresas:

  • Inflação – o que torna os custos operacionais das PMEs menos previsíveis, refletindo sobre sua capacidade de investimento e crescimento;
  • Conflitos Internacionais – Acontecimentos geopolíticos, como é o caso da invasão da Ucrânia pela Rússia, provocam volatilidade nos mercados internacionais e exportações, o que atinge diretamente às PMEs que dependem dessa modalidade de comércio;
  • Crise da Dívida – Este problema que afeta várias nações ao redor do mundo também prejudica a capacidade de investimento e crescimento do Brasil que leva PMEs a um cenário de maiores dificuldades para acesso a crédito;
  • Resquícios da Pandemia – Sem dúvidas, este acontecimento de impacto global deixou marcas na economia brasileira, aumentando a dívida pública e incertezas que afetam diretamente os empresários.

Como os conselhos podem contribuir para direcionar as PMEs em um cenário crítico de gestão?

De acordo com Lila, dentre as contribuições do conselho consultivo às PMEs, se destacam:

  • Análise de Dados e Tendência (dando um panorama sobre as principais tendências econômicas globais e locais);
  • Gestão de Crises (atuando na criação estratégica que auxilia em cenários de incertezas e ampla volatilidade dos mercados)
  • Estratégia Financeira (que inclui auxílio na otimização do fluxo de caixa, redução de custos operacionais, busca por fontes alternativas de financiamento, etc.);
  • Expansão de Mercado (ajudando na identificação de oportunidades de expansão de mercado, diversificação de produtos ou serviços, estratégias de exportação etc.);
  • Gestão de Riscos (auxiliando na identificação e mitigação de riscos).

Tanto o conselho consultivo quanto o conselho de administração são fundamentais para a longevidade das PMEs no Brasil, embora seja mais comum às organizações dentro dessa modalidade de negócio, implementar inicialmente o conselho consultivo.

Principalmente em um cenário de transição geracional ou quando a empresa está pensando em galgar novos degraus de expansão no mercado por meio da busca de capital para o financiamento do projeto de expansão, ter um conselho possibilita a análise da realidade atual da organização, além de auxiliar na tomada de decisões estratégicas e na obtenção dos investimentos necessários.

A atuação do conselho, seja ele consultivo ou administrativo, é o principal norteador para que as PMEs repensem sua atuação, projetem seu crescimento e o mais importante, para que consigam atravessar gerações.

Você tem uma PME e está em busca de um norte para os próximos passos no mercado? Está em busca por compreender a realidade, mas também em criar estruturas internas que permitam a expansão?

Foque na sustentabilidade e, para isso, tenha um conselho formado por profissionais diversificados em sua atuação técnica e vivências de carreira. Para ir adiante, é preciso repensar o hoje.

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Veja também:

Senso de propósito – um dos principais atributos para um conselho bem-sucedido

O que leva uma empresa a se tornar o melhor lugar para se trabalhar?

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